Amamentação do prematuro precisa ser incentivada

A amamentação e o leite materno têm um papel muito importante para a saúde dos prematuros, tendo um impacto positivo para o seu crescimento e desenvolvimento saudável, além da qualidade de vida durante a primeira infância até a fase adulta, evitando doenças como diabetes e hipertensão, entre outras. Bem se sabe que, quando se trata de bebês prematuros, as dificuldades para amamentar são inúmeras, mas o aleitamento materno é necessário e preciso.

Mesmo a amamentação sendo uma grande aliada da saúde da criança devido aos seus inúmeros benefícios multifuncionais, que além de nutrição tem grande poder de prevenir doenças, de acordo com dados da OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde), as taxas mundiais de aleitamento materno ainda estão muito abaixo do ideal. A cada três crianças nascidas no mundo, duas não são alimentadas exclusivamente com leite materno até os seis meses.

Porém, quando se trata de bebês prematuros, as dificuldades são ainda maiores.

Hoje a prematuridade é a principal causa de mortalidade infantil no Brasil. O país é 10o no ranking mundial da prematuridade onde mais de 12% dos partos realizados são de prematuros. O leite materno das mães de prematuros é diferente do leite produzido pelas mães de bebês que nascem a termo, principalmente no que diz respeito à quantidade de proteínas, calorias e fatores de proteção da imunidade. A amamentação do prematuro, além de fortalecer o vínculo mãe-filho, muitas vezes abalado por longas permanências na UTI Neonatal, é responsável por favorecer a maturação gastrointestinal e aumentar o desempenho neuropsicomotor dessas crianças.