Como identificar a intolerância e alergias alimentares?

A principal diferença entre intolerância e alergias alimentares é o tipo de resposta do organismo após o contato com o alimento. Ou seja, a velocidade com que os sintomas aparecem.

Outro fator de distinção é a frequência. A intolerância é bem mais comum do que a alergia alimentar, inclusive, afetando pessoas sem antecedentes ou histórico familiar.

As faixas etárias predominantemente acometidas também se diferenciam. A intolerância, na maioria das vezes, aparece em adultos. Já a alergia alimentar (muitas vezes, um problema hereditário) é mais frequente na infância, manifestando-se em crianças pequenas.

Na intolerância alimentar, o alimento não é digerido como deveria. Por isso, os sintomas se manifestam, principalmente, no sistema gastrointestinal.

As mais comuns são:

-Intolerância ao glúten (a proteína do trigo), presente em alimentos como pães, massas, doces, cervejas, entre outros, e intolerância à lactose (o açúcar do leite), existente, principalmente, no leite de vaca e derivados (manteiga, queijo, creme de leite, entre outros).

Os sintomas da intolerância ao glúten variam em função da quantidade ingerida e do grau de intolerância. Eles podem se manifestar como:

– Diarreias, náuseas ou vômitos;

– Alterações na pele, fraqueza nas unhas, queda dos cabelos;

– Alterações no ciclo menstrual e infertilidade;

– Inchaços nas pernas, entre outros sinais.

A intolerância à lactose decorre de uma deficiência da enzima lactase, presente no intestino delgado. Os sintomas também variam conforme a quantidade de lactose consumida e grau de intolerância individual. São eles:

– Desconforto digestivo, com gases e dor abdominal;

– Diarreias, náuseas e/ou vômitos;

– Manchas e coceiras na pele;

– Edema de glote;

– Alterações no sistema respiratório.

Na alergia alimentar, o alimento é visto pelo organismo como um agente agressor. Quando a pessoa o consome, o organismo passa a produzir anticorpos imediatamente.

É uma doença decorrente de uma resposta imunológica anômala, desencadeada após ingestão de determinado(s) alimento(s). Cerca de 80% das reações alérgicas alimentares são desencadeadas pelo consumo de leite, trigo, soja, ovos, oleaginosas (como castanhas e amendoim), peixes e frutos-do-mar.

Cada tipo de alérgeno gera uma resposta imunológica, que pode ser mais grave ou amena. Os principais sintomas são:

– Manchas, coceiras e/ou erupções na pele;

– Coriza e broncoespasmos;

– Inchaço nos lábios, língua e ao redor dos olhos;

– Desarranjo intestinal, náuseas e/ou vômitos;

– Anafilaxia e choque anafilático.

Com o crescimento, o problema costuma desaparecer. Já alergias desencadeadas por oleaginosas, peixes e crustáceos tendem a ser permanentes, continuando por toda a vida adulta.

Na maioria das vezes, o alérgico precisa retirar o(s) alimento(s) da sua dieta.

Como é feito o diagnóstico?

No caso da intolerância ao glúten, realiza-se um exame de sangue para dosar os anticorpos antitransglutaminase e antiendomísio. Se confirmado o diagnóstico de doença celíaca, o tratamento é baseado na completa eliminação dos alimentos com glúten.

Já para a triagem da intolerância à lactose, há mais opções, tais como:

– Exame de sangue, para verificar os níveis de glicose após o consumo de uma dose de lactose em jejum;

– Testes de hidrogênio na respiração, realizados após a ingestão de uma dose elevada de lactose, para avaliar se ocorrem mudanças no hálito;

– Exame de fezes, para verificar os níveis de acidez nas fezes.

Se confirmada a intolerância à lactose, o tratamento se baseia na redução (com ou sem uso de suplementos de lactase) ou na retirada de leite e derivados, proporcionalmente ao grau de intolerância.

Diagnóstico das alergias alimentares

Para detectar as alergias alimentares são necessários alguns testes de provocação oral. Nesse tipo de exame, o paciente ingere pequenas quantidades dos alérgenos (em ambiente apropriado, sob supervisão médica). A partir de então, avaliam-se as possíveis manifestações clínicas de hipersensibilidade.

Outros exames usados são as determinações de IgE séricas específicas. Por exemplo, o IgE específico para amendoim.

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