Atualmente somos mais de 13.000.000 de casos da COVID-19 no mundo, e cerca de 572.000 óbitos. No Brasil, o número de infectados chegou a mais de 1.800.000 com cerca de 72.000 óbitos (12% dos óbitos no mundo estão no Brasil). Pelo cenário apresentado nesse momento atual, tudo leva a crer que o aparecimento de vacinas seguras e eficazes é mais promissor do que descobertas sobre o tratamento farmacológico no controle da Pandemia em diferentes ondas.

Pelo site da Organização Mundial da Saúde (OMS), temos 149 vacinas em pesquisa, com diferentes plataformas, muitas nunca utilizadas antes, e são 17 vacinas candidatas em fases de pesquisas clínicas humanas, sendo quatro em fase 3 e duas em fase 2, o Brasil está fazendo parte das pesquisas:

Oxford (AstraZeneca), Reino Unido, utilizando a estrutura da Fiocruz.
China (Sinovac), em parceria com o Instituto Butantan

O que mais chama a atenção é a velocidade que está acontecendo na história da produção das vacinas, pois até onde temos conhecimento, o menor tempo de desenvolvimento de uma vacina foi a da Caxumba, em 4 anos, pois as vacinas precisam obedecer as suas fases de estudos para seu processo de desenvolvimento, até se conseguir seu licenciamento, que são:

Fases pré-clínicos: estudos com Testes in vitro (células e tecidos) e in vivo (com animais de laboratório) levando de 1 a 2 anos, sendo ensaios de segurança e atividade biológica.
Fase I: 10 a 100 voluntários adultos (em torno de 3 anos), avalia segurança e dosificação.
Fase II: 100 a 300 voluntários adultos (4 e 5 anos), onde se avalia segurança e imunogenicidade
Fase III: 1000 ou mais voluntários (6 a 8 anos), se avalia eficácia e monitoramento de eventos adversos

As principais vacinas avançadas em seu desenvolvimento estão aproveitando plataformas anteriores que foram utilizadas para o SARS COV 1 em 2002-2003. Atualmente temos 4 tecnologias distintas utilizadas nessas plataformas:

Vírus: Inativados ou Atenuados
Vetor Viral: Replicante ou não Replicante
Ácidos Nucleicos: DNA e RNA
Proteína: Subunidades e VLP

Todas fornecidas através de coalizões com entidades internacionais, universidades, indústria e laboratórios públicos, como também observamos fusão de grandes laboratórios privados para se conseguir a produção de uma vacina.