Desde o início de 2017, a Febre Amarela vem preocupando as autoridades da saúde, especialmente em São Paulo e Minas Gerais. Em Dezembro, a morte de um morador com a confirmação da diagnóstico disparou o alerta. Só no estado, já são 23 suspeitos, com 14 mortes em investigação. A doença permanece restrita à regiões de mata, sem relatos de casos urbanos desde 1942, mas nos últimos anos, houve uma aproximação dos grandes centros urbanos.
Com isso, as áreas de risco vêm sendo ampliadas e a recomendação de vacinação hoje engloba mais de metade do território nacional.
Você pode não estar em um estado com risco de contaminação, mas durante a época de férias você pode viajar para um e é importante entender a doença.
O que é a doença?
A febre amarela é uma doença infecciosa aguda, de curta duração (no máximo 10 dias), gravidade variável, causada pelo vírus da febre amarela, que ocorre na América do Sul e na África.
Quais os sintomas?
Os principais são: febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia (a pele e os olhos ficam amarelos) e hemorragias (de gengivas, nariz, estômago, intestino e urina).
Como é transmitida?
A transmissão ocorre apenas através da picada dos mosquitos transmissores infectados. Não existe transmissão de pessoa para pessoa. O problema é que a doença, na região urbana, é transmitida também pelo o temido Aedes aegypti.
Qual o tratamento?
O tratamento é apenas sintomático e requer cuidados na assistência ao paciente que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando indicado. Nas formas graves, o paciente deve ser atendido numa Unidade de Terapia Intensiva, correndo risco de morte se não receber assistência médica especializada.
Como prevenir? Quem deve ser vacinado?
A única forma de evitar a febre amarela silvestre é a vacinação. Ela deve ser aplicada 10 dias antes da viagem para as áreas de risco de transmissão da doença. Pode ser aplicada a partir dos 9 meses e vale por toda a vida. A vacina é contra-indicada a gestantes, imunodeprimidos (pessoas com o sistema imunológico debilitado) e pessoas alérgicas a gema de ovo.
Nos casos de locais onde estão tendo casos e se o bebê vive na zona rural de uma área de risco, a vacina pode ser aplicada a partir dos 6 meses.
A vacina não deve ser administrada no mesmo dia que a vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) devido ao risco de interferência e diminuição de imunogenicidade. Recomenda-se que estas vacinas sejam aplicadas com intervalo de 30 dias entre elas.
A vacinação é indicada para todas as pessoas que vivem em áreas de risco para a doença (zona rural da Região Norte, Centro Oeste, estado do Maranhão, parte dos estados do Piauí, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), onde há casos da doença em humanos ou circulação do vírus entre animais (macacos).
Quem não pode tomar a vacina?
• Crianças com menos de 6 meses de idade.
• Pacientes com imunossupressão de qualquer natureza, como:
– Pacientes infectados pelo HIV com imunossupressão grave, com a contagem de células CD4 <200 células/mm3 ou menor de 15% do total de linfócitos, para crianças com menos de 6 anos de idade.
– Pacientes em tratamento com drogas imunossupressoras (corticosteroides, quimioterapia, radioterapia, imunomoduladores).
– Pacientes submetidos a transplante de órgãos.
– Pacientes com imunodeficiência primária.
– Pacientes com neoplasia.
Obs: Nos casos de pacientes com imunodeficiência, a administração desta vacina deve ser condicionada a avaliação médica individual de risco-benefício e não deve ser realizada em caso de imunodepressão grave.
• Indivíduos com história de reação anafilática relacionada a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina e outros produtos que contêm proteína animal bovina).
• Pacientes com história pregressa de doenças do timo (miastenia gravis, timoma, casos de ausência de timo ou remoção cirúrgica).
Vacine-se contra a Febre Amarela aqui no Vacina Center. Ligue para nossa clínica e saiba mais sobre disponibilidade e valores: 3322-2660.
Fonte: Pediatra do Futuro