Introdução alimentar – quando começar?

Introdução alimentar é quando o bebê passa a incorporar outros alimentos, além do leite materno. Ela deve ser iniciada no sexto mês de vida, conforme recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde. Até essa idade, o aleitamento materno deve ser exclusivo e não há necessidade de nenhum outro alimento, nem mesmo água, já que o leite da mãe supre também as necessidades de hidratação do bebê.

A transição entre “beber” (mamar) e “comer” a comida não requer pressa, deve ser feita paulatinamente, mas se mostra imprescindível para as crianças aos 6 meses. O seu início antes ou muito após essa idade pode gerar carências ou excessos alimentares, contribuindo tanto para deficiência de nutrientes e desnutrição como para sobrepeso e obesidade infantil. É importante lembrar que, mesmo após os 6 meses de idade, o leite materno ainda é um alimento importante para a criança e portanto deve ser mantido até o desmame natural.

 

O que oferecer ao bebê?

O ideal é oferecer ao bebê uma alimentação variada e rica em nutrientes, tanto proteínas, carboidratos e gorduras, quanto ferro, zinco e vitaminas. Para tanto, é preciso unir representantes dos quatro grupos alimentares principais: hortaliças e frutas, carnes e ovos, cereais e tubérculos e grãos. A composição de todos esses grupos é que vai permitir que a criança tenha energia, proteínas, sais minerais e as vitaminas necessárias para um crescimento adequado. É importante  também alerta que até o oitavo mês é preciso introduzir alimentos como ovos, peixes e glúten para criar tolerância e evitar possíveis alergias.

Rotina alimentar

A introdução alimentar deve começar com a oferta de duas papas de fruta e uma papa de legumes diariamente durante o primeiro mês. A papa de legumes deve conter um alimento de cada grupo alimentar:

  • Hortaliças (folhas verdes, abóbora, beterraba, quiabo, tomate, cenoura etc.)
  • Cereais e tubérculos (arroz, batata-doce, batata, inhame, macarrão, aipim etc.);
  • Carnes e ovos (frango, peixe, boi, pato, vísceras ou miúdos, codorna, ovos etc.);
  • Grãos (feijão, lentilha, soja, ervilha, grão-de-bico etc.).

A alimentação deve ser variada, por isso é interessante oferecer diferentes opções a cada dia. Se um dia a hortaliça foi representada pela cenoura, tente outra no dia seguinte. O mesmo vale para as papas de frutas do mesmo dia: se pela manhã foi abacate, opte por outra à tarde ou à noite.

 

*Atenção: No caso de crianças que não são amamentadas, o ideal é buscar orientação médica para tirar dúvidas e saber quando dar início à introdução alimentar de forma personalizada.

 

Fonte: Dr. Drauzio Varella