Maio Vermelho – vamos falar sobre hepatite

Você sabia que o fígado é um dos principais órgãos do corpo? Pois é! Ele é responsável por várias funções importantes para o metabolismo, como a sintetização de substâncias essenciais para o sangue, intestino e sistema linfático. E o maio vermelho foi criado para alertar a população sobre a importância do combate a Hepatite, que é uma doença, muitas vezes, silenciosa que causa inflamação no fígado, mas que pode ser combatida se diagnosticada precocemente e feito o tratamento adequado.

Existem os tipos de Hepatite A, B e C, e entre os sintomas da hepatite, que podem ou não surgir, estão fadiga, dores musculares e nas articulações, dores abdominais, perda de apetite, náuseas, diarreia, febre baixa, além de urina bem escura, além de fezes, pele e olhos amarelados. Cada tipo é causado por um vírus (existem também os tipos D e E, menos frequentes) ou uma bactéria – fora as hepatites causadas por agentes tóxicos, como pelo consumo intenso de álcool ou medicamentos, e a hepatite autoimune, quando anticorpos atacam o próprio fígado.

A vacina contra a hepatite B pode ser administrada a partir do nascimento como parte do calendário de vacinação brasileiro, com três doses durante a fase da adolescência. A vacina contra hepatite A é administrada em dose única aos 15 meses de idade, podendo tomar entre os 2 e 4 anos caso a criança ainda não tenha sido imunizada.

Tipos de Hepatite

Hepatite A

A transmissão da hepatite A, cuja incidência é maior na região Norte do país, ocorre por meio da ingestão de água ou alimentos contaminados pelo vírus. Esse contato com o vírus A (HAV) acontece a partir da matéria fecal de pessoas infectadas, daí a importância do saneamento básico. Por isso, lavar as mãos antes das refeições e higienizar bem os alimentos antes de ingeri-los são métodos básicos, porém muitas vezes esquecidos, de se prevenir contra a hepatite A.

Hepatite B 

A hepatite B é considerada uma doença sexualmente transmissível, embora o vírus B (HBV) também possa ser transmitido de outras formas, como durante a gestação ou o parto, compartilhamento de seringas, agulhas, materiais de higiene pessoal, como escova de dentes, lâminas de barbear e alicates de unha, e transfusão de sangue contaminado –  principalmente as que ocorreram antes da década de 1990, quando mecanismos de controle e triagem sorológica ainda não haviam sido estabelecidos.

A forma crônica da doença, mais comum em crianças, ocorre quando o sistema imunológico não consegue combater o vírus, danificando o fígado. O contágio pelo vírus da hepatite D, bem menos frequente, acontece simultaneamente ou após o contágio pelo vírus do tipo B. Como prevenção, ao fazer as unhas e realizar tatuagens ou perfurações, por exemplo, exija materiais descartáveis ou devidamente esterilizados. Durante as relações sexuais, use sempre camisinha.

Hepatite C

A hepatite C, tem a forma de transmissão semelhante a hepatite B e, assim como as outras, surge muitas vezes sem provocar sintomas específicos ou sinais mais graves. Por isso, muitos portadores não buscam orientação médica e não sabem que possuem a doença. No entanto, ela pode estar relacionada a diabetes tipo 2 e evoluir para quadros mais graves, como insuficiência hepática, cirrose e câncer, antes mesmo do diagnóstico da hepatite C. Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que a doença afeta entre 1,5 milhão e 2 milhões de brasileiros.

Alimentação saudável é a chave

Priorize alimentos integrais, fontes de fibras saudáveis que contribuem para o funcionamento do trato intestinal e auxiliam no controle da glicose e do colesterol. Grãos integrais, como arroz integral, aveia, sementes de quinoa e linhaça, por exemplo, geralmente têm o dobro da quantidade de certos nutrientes do que as versões refinadas de alimentos industrializados. Evitar o consumo de alimentos ricos em gorduras saturadas, assim como bebidas alcoólicas, sal e açúcares em excesso, também é essencial para a manutenção desse órgão tão importante.

Tratamento

Para a hepatite A, assim como a hepatite B, não existe tratamento específico, pois o próprio sistema imunológico se encarrega de eliminar o vírus do organismo dentro de dois ou três meses. Para uma boa recuperação, é preciso cuidar do corpo, descansando e alimentando-se bem, evitando medicamentos, alimentos e bebidas que podem sobrecarregar o fígado.

Já em casos crônicos do tipo B e do tipo C, pode ser necessário o uso de medicamentos antivirais, além de outros tipos de tratamentos, que combatem a ação dos vírus. Dependendo da gravidade e do acometimento da doença, como a cirrose avançada, o transplante pode ser indicado. No entanto, é importante acompanhar o surgimento dos sintomas e a evolução de cada caso com seu médico, o único que poderá definir o melhor tratamento.

Atualmente, os tratamentos disponíveis contra a Hepatite C têm se mostrado bastante eficazes, mas o tipo de vírus identificado no indivíduo e o diagnóstico precoce são determinantes para o sucesso do tratamento. Portanto, é essencial realizar exames de sangue de rotina, que identifiquem todos os tipos de hepatites virais.

 

Fonte: ShareCare