Mitos sobre o aleitamento materno

Amamentar é muito mais do que nutrir a criança. Além de ser um ato de amor, torna-se um momento de interação entre o bebê e a mãe, onde eles intensificam seus laços.  A amamentação também ajuda na prevenção de infecções e alergias futuras na criança, e contribui para o crescimento cognitivo e emocional do bebê. Mas sempre surge dúvidas com relação a amamentação que precisam ser esclarecidos.

Você pode conferir alguns deles abaixo:

 

O leite materno pode ser fraco para nutrir o bebê.

Mito – Não existe leite materno fraco. Ele apresenta uma composição semelhante para todas as mulheres que amamentam e é o alimento ideal para o bebê até o 6º mês de vida, exclusivamente.

 

Seios muito pequenos não produzem leite na quantidade suficiente para o bebê.

Mito – O tamanho da mama não tem relação com a produção do leite. Tanto as mamas grandes quanto as pequenas possuem capacidade de produzir o mesmo volume de leite em um dia.

 

– Se a mãe tiver dificuldades de amamentar seu filho, o ideal é que o bebê mame no seio de outra mulher.

Mito – A primeira opção para a mulher que está com dificuldades de amamentar é buscar apoio junto a um profissional de saúde. Ela também poderá encontrar ajuda no Hospital que teve seu bebê ou em um Banco de Leite Humano. 

Não é recomendado que o bebê mame em outra mãe, pois ele pode ser contaminado por uma doença infecto–contagiosa, como a Aids. 

 

O leite do banco de leite pode não ser seguro.

Mito – A principal diferença entre o leite do Banco de Leite Humano para o leite doado diretamente por uma outra mãe é que no Banco de leite é tratado, pasteurizado e, por isso, não há possibilidade de transmissão de doenças. 

 

– O bebê pode ficar mal acostumado se não tiver horários para mamar.

Mito – A orientação do Ministério da Saúde é a amamentação sob livre demanda, ou seja: o bebê deve mamar sempre que desejar.

 

– Preciso dar os dois peitos a cada mamada.

 

Mito – O tempo de cada mamada não deve ser fixado, pois o esvaziamento da mama pode variar conforme a fome do bebê, do intervalo entre uma mamada e outra, do volume de leite armazenado na mama, entre outros. O importante é que a mãe dê tempo suficiente para o bebê esvaziar adequadamente seu seio, caso esvazie uma mama por completo e a criança ainda deseje mamar, a mãe pode oferecer a outra mama.

 

– Amamentar durante uma segunda gestação pode prejudicar o desenvolvimento do bebê no útero

Mito – É possível manter a amamentação em uma nova gravidez se for o desejo da mulher e se não houver intercorrências na gravidez. Já quando houver ameaça de parto prematuro é indicado interromper a amamentação. O hormônio que controla a ejeção do leite, a ocitocina, também estimula o útero a contrair. A estimulação do mamilo pode intensificar o trabalho de parto. Porém, esse hormônio sozinho não é capaz de iniciar o trabalho de parto. O útero está na fase de carregar o bebê, bem protegido contra um trabalho de parto precoce.

 

– Quando o bebê começa a comer, o leite materno pode prejudicar a absorção de ferro

Mito – Quase 70% do ferro do leite materno é absorvido adequadamente pelo bebê. O leite materno possui bactérias benéficas que atuam no fortalecimento da imunidade, assim como em outros fatores de proteção que otimizam toda a capacidade de absorção de ferro e outros nutrientes. O ferro presente no leite materno é de mais fácil absorção pelo organismo do bebê. Outros alimentos, mesmo tendo bastante ferro,  nem sempre são bem absorvidos pelas crianças durante a fase de amamentação.

 

Fonte: Ministério da Saúde