O VSR é mais comum no inverno e início da primavera, mas pode circular o ano todo, especialmente em regiões tropicais como o Brasil. A maioria das crianças é infectada até os 2 anos de idade, com recorrências leves ao longo da vida. Em casos graves, especialmente entre idosos e pessoas com comorbidades, pode causar hospitalizações e até mortes.

Nos EUA, o VSR provoca até 160 mil internações e 10 mil mortes anuais em idosos. No Brasil, entre 2020 e 2022, houve mais de 30 mil casos graves, com alta letalidade em idosos.

Grupos de risco:

Idosos (especialmente os com doenças crônicas como DPOC, asma, doenças cardíacas, diabetes, etc.);

Crianças pequenas, principalmente menores de 2 anos;

Imunossuprimidos;

Residentes em instituições de longa permanência.

Sintomas:

Leves: coriza, tosse e febre (semelhantes a resfriado comum);

Graves: chiado no peito, dificuldade para respirar e mamar, cianose;

Em adultos, pode causar pneumonia e descompensação de doenças crônicas.

Diagnóstico e tratamento:

Diagnóstico por exames clínicos e laboratoriais (PCR-RT).

Não há tratamento específico: casos graves exigem hospitalização e suporte respiratório.

Transmissão:

Ocorre por gotículas ou contato com secreções respiratórias.

Começa dois dias antes dos sintomas e dura até a recuperação.

Prevenção:

Gestantes: vacina Abrysvo® entre 32 e 36 semanas de gestação (pode ser antes, a critério médico).

Bebês e lactentes:

Vacinação materna ou uso de anticorpos monoclonais (palivizumabe ou nirsevimabe).

Nirsevimabe está disponível na rede privada e coberto por planos de saúde para grupos específicos.

Idosos: vacinas Abrysvo® ou Arexvy®, recomendadas a partir dos 70 anos ou a partir dos 60 com comorbidades.

Adultos com comorbidades (18 a 59 anos): uso da vacina Abrysvo®, a critério médico.

O esquema vacinal é de dose única, sem reforço previsto por enquanto, e pode ser administrado com outras vacinas.

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